segunda-feira, 28 de março de 2011

Rosa - Pixinguinha

Outono


Outono maturidade e decadência

Klóvis Moreira Santos - Oficina de Oração e Vida


Uma das formas formas poéticas da Literatura Japonesa é o Haicai, poema de três versos e máximo 17 sílabas, versando sobre a transitoriedadede fenômenos da vida. A composição de um Haicai está relacionada às estações do ano, e como o Brasil está prestes a iniciar o Outono, todos os poemas a serem compostos no período correspondente a esta estação (março, abril e maio)versarão sobre os Kigo desta fase, isto é sobre as características desta estação.

Outono, na tradição haicaística, é caracterizado poeticamente pela maturidade e o acaso, provocando sensações de melancolia e decadência. Essa orientação não é científic, é poética, e está relacionada à sensibilidade deste período, mas o outono não é uma estação triste, nada disso. É alegre também, assim como existe alegria e tristeza em todas as estações, porém, como aparece depois do Verão (estação da vivacidade), é caracterizado por frear essa agilidade, anunciando uma fase de reflexão, pois o inverno virá em seguida exigindo mais controle das pessoa, até o aparecimento da Primavera (estação das cores e da alegria) a natureza é toda festiva.

Talvez seja dificil perceber a nitidamente quando se vive determinada estação do ano no Brasil, devido às modificações verificandas na temperatura. O clima não muda, mas a temperatura e o comportamento de alguns fenômenos mudam, e isso explica a ocorrência de períodos rápidos de frio no verão, ou de calor no inverno; de qualquer forma, as estações não perdem suas caracteristicas, facilmente verificáveis nas plantas, frutas, claridade, fases da lua, formas das nuvens etc. [...]

[...] Haicai é uma das riquezas da cultura oriental. Estudar o Haicai e praticá-lo desperta na pessoa o amor pela natureza e incentiva a desenvolver o hábitoda observação rigorosa, a enxergar nos fenômenos da natureza muitas informações úteis, singela, até engraçadas, e ajuda a pessoa perceber a importância de falar o essencial, pois um poema munúsculo, voltado para a valorização do essencial, lidando com fatos reais, tende a educar a percepção das realidades.

obs. Texto retirado do jornal: Páginas Católicas Ano VII - N 80- Março de 2011

Ponto Cruz - Marinho



Florais

Campanha da Fraternidade 2011 - Fraternidade e a vida no planeta

A vida no planeta depende de nós

Diácono Élcio José (Nova América da Colina)

A Terra sempre esteve em constantes mudanças, desde sua criação em ciclos de milhares de anos de aquecimento de glaciação causados por fenômenos naturais. Das alturas das montanhas às grandes cidades, das grandes florestas, às pequenas ilhas oceânicas, chegam notícias dos efeitos da poluição, desastres naturais e perda da diversidade biológica.

O modelo atual de produção e consumo está avançando sobre os estoques naturais da Terra, não só de forma insustentável ambientalmente, mas também de forma injusta, gerando miséria, fome e comprometendo as gerações presentes e futuras. Além disso, o crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado o sistema ecológico e social.

Entretanto, governos e sociedade precisam urgentemente priorizar suas ações, de forma ambientalmente sustentável e socialmente justa, que garantam em condições de igualdade, a existência e a perpetuação da humanidade e dos demais seres do planeta. Reconhecendo o direito de sobrevivência de toas as espécies, assim como o direito do todos os habitantes do planeta a uma melhor qualidade de vida.

Por outro lado, o surgimento de uma cidadania ambiental planetária está abrindo novos caminhos para construir um mundo melhor, mais justo e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos e sociais, estão interligados, e juntos podemos buscar soluções concretas e inovadoras para os problemas que afligem a humanidade.

Enfrentamento dos problemas ambientais, locais ou globais, nunca será o resultado de uma pessoa, organização ou nação, por mais poderosa que seja, mas requer o esforço de todos, de cada um, desde a mais simples, a maior e mais poderosa organização do planeta.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de um novo dia, de uma nova era face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela intensificação da luta pela justiça e pela paz.

O efeito estufa, consequência da emissão de gases poluentes, como o CO2 (gás carbônico), CH4 (metano) e N2O (óxido nitroso) causadores da elevação da temperatura do planeta, faz surgir mudanças climáticas como temporais e enchentes. Além de queda na produção de alimentos e destruição e perda de vidas humanas. Não é o que anda acontecendo em nosso país?

Neste ano de 2011, a Igreja Católica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lança a Campanha da Fraternidade (CF) com o tema "Fraternidade e a vida no planeta" e como lema "A criação geme em dores de parto"(RM 8,22). A campanha se colocará em sintonia com uma cultura que está expandindo cada vez mais em todo o mundo, de respeito ao meio ambientee do lugar em que Deus nos coloca não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos.

A CF 2011 inicia no dia 9 de março, Quarta-Feira de Cinzas, e se estenderá, como de costume, por todo o período de Quaresma. Oxalá todas as comunidadesde nossa diocese possam refletir sobre esta CF, participando dos debates e das ações que visam enfrentar o problema do aquecimento globale a preservar as condições de vida no planeta.

*Texto adaptado do artigo de Ademar Leal Soares.






quinta-feira, 24 de março de 2011

Frase do dia...

Fantoche - Amiguinho Maluco




De asas a imaginação dos pequenos, faça você mesmo um fantoche.

sábado, 12 de março de 2011

O EMPURRÃO (texto para meditar)

" A aguia empurrou gentilmente seus filhos para a beira do ninho".
Seu coração se acelerou em emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões.
Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?
Pensou ela. O ninho estava colocado bem alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.
E se justamente agora isso não funcionar?
Ela pensou.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.
O empurrão era o menor presente que ela poderia oferecer-lhes.
Era o supremo ato de amor.
Então um a um ela os precipitou.
Às vezes nas nossas vidas as circuntâncias fazem o papel da águia.
São elas que nos empurram para o abismo.
E quem sabe não são elas as próprias circuntâncias que nos fazem descobrir que temos ASAS para voar.
(Rosana Cardeal Volpi)

Ponto Cruz e Crochê




quarta-feira, 2 de março de 2011

ALEGRIA

ALEGRIA
Ela nos faz o mundo mais belo
E nos dá um novo alento para viver.
Por mais humilde e por mais singelo,
Que seja nosso modo de ser.
Ela é que faz mais claros nossos dias.
Nossas horas melhores nos faz viver.
Leva-nos a conhecer as magias
De momentos isentos de sofrer.
Momentos belos pela, plenitude,
Por tudo que nos fazem conhecer,
Porque guiam a nossa atitude,
Porque nos dão um bem melhor viver.
São momentos raros neste mundo,
Quase inexistentes no dia a dia.
É causa de um bem estar profundo,
É tudo que motiva a alegria.
12/09/96 Edson

A MÃO DA LIMPEZA

A MÃO DA LIMPEZA

O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Suja na saída
Ê, imagina só
Suja na saída
Ê, imagina só
que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava
Ê, imagina só
O que o negro penava
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida,
esfregando o chão
Negra é a mão, é a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão de imaculada
nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava
Ê, imagina só
Êta branco sujão
( Gilberto Gil)